Confesso que tenho sido um desnaturado.
Não blogo à muito. Não tem sido fácil, digo-vos.
Uma extrema falta de tempo, aliada a alguma confessa perguicite aguda.
Algumas coisas no mundo continuam, como estavam antes, especialmente no capítulo do respeito entre pessoas, e quanto a isso, nada a fazer.
Mas hoje, talvez com um não sei o quê de saudosismo, venho falar-vos de algo que me anda na cabeça à algum tempo: a simplicidade.
Estava aqui a ver mais um episódio do esquadrão A, e inicia-se uma cena, onde um par de veículos, vistos de cima, se encontravam claramente parados, arrancam e avançam uns 4 metros, parando em seguida e saindo de lá uma montanha de gente, para nos dar a sensação que tinham acabado de chegar ao local.
A cena é clara e evidentemente má. Era mais que claro que estavam parados e para poupar sabe-se lá em quê, simularam a chegada, mas sem se preocuparem sequer em que os carros estivessem fora de cena, no inicio.
Estejam alo quietinhos, quando lhes disser, arranquem.
O efeito final podia ter sido giro, se tivessem começado uns metro mais atrás.
Depois, reparamos que toda a série (e eu já vou na 4ª temporada...) é feita de falhas destas.
Encontramos falhas semelhantes no Justiceiro... ou nos Três Duques, onde numa cena o carro saltava, via-se a aterrar claramente de focinho com os respectivos danos na carroceria, chassis e condutor, mas na cena seguinte o carro estava em perfeitas condições e pronto para novo salto, como se o anterior tivesse corrido bem.
Havia vidros que se partiam, mas no outro ângulo de filmagem, já estavam inteiros.
Mas agora pergunto-lhes muito sinceramente: era isso que interessava?
Eu digo-vos clara e abertamente: NÃO.
Todos papámos essas séries, uns mais que outros, e alguns de nós ainda as papam de novo, como eu.
E dou por mim, a passar uns belos 40 minutos sem ter de pensar em nada, entretido.
E nada mais que isso importa.
Ando com a pancada de arranjar um daqueles vídeo-jogos de 8 ou 16 bits nos chineses, algo que se ligue à televisão e com apenas dois botões mais a direcção.
Quero jogos simples, que não me obriguem a pensar muito ou a decorar 8 botões e 64 combinações de cada...
Fui ensinado segundo o método KISS (Keep It Simple, Stupid!), e sinceramente, tenho saudades da simplicidade que entretia, por mais low-tech que fosse.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O encanto de outros tempos!
Publicada por Rui Maldonado à(s) 22:11
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