Antes de mais, começo por constatar que há muito bom professor neste país.
Chegar ao fim do dia depois de aturar os rebeldes filhos dos outros, é obra.
E devo desde já salientar que um professor que se importe com os seus alunos, por vezes não consegue o que pretende deles, porque a educação devia ensinar-se em casa e não na escola.
Apesar de tudo, um professor é um segundo pai.
Mas mesmo assim, ainda há muita gente que não tem grande capacidade para ensinar.
Provavelmente, apesar de haver muito bom professor pelas razões acima indicadas, a maior lacuna da grande maioria é precisamente a parte pedagógica.
E dou como exemplo o ensino da história.
A história não se ensina, nem se decora: ensina-se a estudar, e mais fundamentalmente a interpretar.
Infelizmente a capacidade pedagógica da maioria dos meus antigos professores, não foi a de ensinar a interpretar, mas a exigir a memorização massiva de factos tornando-os desconexos e temporalmente desajustados.
Faltava-nos uma ferramenta básica de análise que ainda falta a muita gente no seu dia a dia: a adequação temporal e adaptação dos factos.
Talvez o egoísmo individual de cada um seja uma barreira ao correcto ensino da história, uma vez que muita gente tem enormes dificuldades em se colocar nos sapatos dos outros.
Mas a realidade é que nunca podemos analisar factos históricos à luz dos nossos tempos, das nossas crenças, da nossa religião, vontade ou umbigo.
E desde que deixei de ser obrigado a memorizar, e passei a compreender e analisar à luz dos tempos em que os factos ocorriam, passei a gostar de história.
Não sei se foi a 23 de Março de 1235, não interessa muito. Sei que foi antes de C e depois de A que B ocorreu, em mil duzentos e qualquer coisa. e isso sim, isso é o importante, o encadeamento e não a data em si mesmo.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Pedagogia educacional
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1 opinaduras:
A Mafalda é uma Professora assim...
Uma BOA professora!
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