O ser humano tem uma natural tendência para pautar a mudança com a inércia.
Neste caso, falo de uma simples criação humana: a mudança de hora.
Eu pessoalmente não sou fã do evento. Mas também não consigo compreender a confusão que isso faz na cabeça das pessoas.
Dormi as mesmas horas, almoço às mesmas horas, tudo igual, a como se nada tivesse acontecido.
Contudo, muita gente tem a mania de nesta ocasião se aproveitar de duas coisas.
Comecemos pelas perguntas estúpidas no trabalho: "segunda feira entro a que horas? às 9 porque estaria às 8 e a hora atrasou?" - não, idiota, continuas a entrar às 8... duh!
Depois são as pessoas para combinar coisas na véspera (felizmente, este ano não foi o caso!): "Amanhã almoçamos às 13h de amanhã, 14h de hoje." - não, continuamos a almoçar às 13h de amanhã, porque se fosse para almoçar hoje...
Finalmente temos aqueles que vivem agarrados ao passado: "ontem a esta hora eram duas da tarde!" - não... a esta hora era exactamente a mesma hora...
É certo e sabido que pelo menos neste país, as pessoas vêem as coisas conforme a sua futilidade e o seu umbigo. Tudo serve para gerar barulho e desordem. Invertem-se papéis, dando-se importância ao que não merece, deixando para trás o que é realmente importante: prioriza-se o momento em vez da medida correcta e precisa da hora.
Só ainda não consegui perceber porquê, quais os interesses ocultos nessa ordem de ideias...
Afinal, de contas, as 13h de hoje, são as mesmas 13h de ontem, independentemente de onde possa estar o sol, porque aí, se medirem bem a coisa, afinal sim, há uma discrepância, já que o sol não divide o dia em 24h.
É a velha questão: O que pesa mais? 1Kg de penas e 1Kg de chumbo?
domingo, 25 de outubro de 2009
A crise das mudanças de hora...
Etiquetas: Opinaduras
Publicada por Rui Maldonado à(s) 09:39
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