terça-feira, 20 de outubro de 2009

Estou molhado...

Foi inevitável, estou todo molhado.
Confesso que já tinha saudades de uma chuva assim, mas sempre dentro do conforto e da protecção de casa, enquanto a água se mantém lá fora, separados por cimento, madeiras ou aluminio e vidro, cada um no seu mundo, olhando para o mundo do outro.
Os rios de água a galgarem-me os sapatos e as calças, os carros a levantarem tsunamis do asfalto, o constante gotejar do tecto do autocarro, as entradas e saídas dos transportes, onde um correcto timming entre fechar o guardachuva e atravessar a porta é essencial para não nos molharmos ou fazermos figura de palhaços é essencial, isso eu dispenso!
Agora, o som da madeira seca a crepitar na lareira, elevando a temperatura, o excesso de tempo livre nas mãos e aquele abraço doce da minha Flor, enquanto lá fora a água corre furiosamente contra o chão, como se decidida a muda-lo de sitio, isso sim, gosto imenso!
E se pensarmos bem, cada gota não faz milagre, mas todas juntas parecem ter mesmo esse objectivo e a seu tempo, após uma fantástica e talvez mesquinha persistencia, conseguem mesmo mudar o chão de sitio!

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